segunda-feira, fevereiro 28, 2005

Mulher na Arbitragem

Comecemos com a pergunta feita pelo Blue no último Santos e Corinthans que tinha a mesma Regina do clássico de ontem em uma das bandeiras: "O que passa na cabeça de uma mulher que quer ser árbitra?" Não tenho a resposta, mas com certeza sei que antes de escolher a profissão, essas mulheres refletiram profundamente sobre o que as esperava. Se por ventura alguma delas seja uma completa desmiolada, masoquista ou chegada em uma emoção das brabas, alguém (uma tia, a mãe, ou mesmo o pai que cansou de xingar juíz em estádio) deve ter ponderado que a moçoila iria enfrentar uma "pedrada daquelas"- correndo risco até mesmo de sofrer um atque no sentido literal da expressão. Será que se trata de feminismo rasgado??? De superar a última fronteira predominantemente masculina no mercado de trabalho??? Ou estaríamos diante de apreciodoras do futebol que decidiram embelezar, como já foi dito pelo PN, o esporte bretão??? Nada disso companheiros, minha teoria é que a Federação Paulista de Futebol não tinha mais o que inventar. Já haviam tentado colocar dois árbitros em campo, telão com repetição dos lances para o juíz (o que foi impedido pela FIFA) e mudar a regra do impedimento. Tudo para tentar colocar o paulista de volta à elite dos campeonatos brasileiros. Do outro lado, porém, desfiguravam o campeonato, propondo o super paulista (São Paulo Campeão), O Rio-São Paulo (mais um do tricolor) e o rídiculo campeonato do ano passado com 21 times divididos em um grupo de onze e outro de dez!!! Quando o público finalmente volta ao estádio motivado por um clássico entre o líder do campeonato e a equipe que mais contratou reforços, o que eles fazem??? Desviam a atenção do espetáculo para a arbitragem!!! É preciso muuuuuita incompetência para fazer isso. Sem entrar no mérito se a Regina foi bem ou não, é óbvio que escalar três mulheres no apito geraria polêmica e controvérsias. Resultado: o jogo com mais faltas até agora no campeonato. Que idéia!!! Aposto que alguém na FPF fez a cabeça dessas meninas com qualquer um dos argumentos descritos no início do texto, mas o futebol não merece essas coisas. Vá lá que uma delas é uma delícia, mas não precisa ser árbitra pra gente saber disso. Basta uma capa da Sexy bem bagaceira, com a mortadela para fora do lanche, que a gente bate palma. Para encerrar, não fui eu que as coloquei nessa situação, então não vou ficar dourando a pílula como fazem esses comentaristazinhos de merda da imprensa brasileira. Em nome do grande Nelson que empresta o texto ao Blog, me reservo o direito de gritar "vagabunda", cada vez que elas apitam mal contra meu time. Mas admito que elas conseguiram algo de inédito no comportamento da torcida: chamar a juíz de "gostosa" quando elas roubam a favor de nossa equipe.

sexta-feira, fevereiro 25, 2005

MORTE CEREBRAL

O Palmeiras tem novo diretor de futebol. Novo? Futebol? O cara escolhido pelo atual presidente para atender às solicitações dos próprios jogadores é o Hugo Palaia. Se tiver algum palmeirense ainda neste blog além de mim, com mais de 30 anos, certamente se lembrará do cara. Foi diretor na década de 80, época negra do clube, dos vexames, da Taça de Prata (que seria hoje a Série B).

Hoje, o senhor Palaia tem "apenas" 71 anos de idade e estava longe do futebol, em outros cargos no clube, havia muitos anos. É, portanto, alguém extremamente atualizado, ágil e moderno, um profundo conhecedor do futebol atual para dirigir o clube.

Ao invés de trazer algum diretor remunerado do meio esportivo, alguém no estilo de um Brunoro ou coisa parecida, o presidente foi desenterrar o Hugo Palaia. Voltamos definitivamente à época das trevas, à Idade Média da história de mais de 90 anos do Palmeiras.

Anotem, para não dizerem que eu não avisei: somos, de novo, seríssimos candidatos ao rebaixamento. Se conseguirmos escapar dele no Paulista, dificilmente escaparemos da Série B no Brasileiro. E, aí, se cairmos novamente, não retornaremos mais. Diferente de Corinthians, São Paulo e Santos, que decidiram ser grandes, o Palmeiras escolheu se tornar pequeno. O que foi semeado por Mustafá Contursi está realmente frutificando, e seu sucessor está assumindo com maestria o continuismo.

O Palmeiras já teve morte cerebral atestada pelos médicos. Falta apenas desligar o respirador artificial. Eutanásia já !

Igor

quarta-feira, fevereiro 23, 2005

E o não-gol?

E o não-gol do William para o Atlético-PR?

Sérgio Noronha disse no Sportv que ética é uma coisa "assim fluidia", difícil de se definir. Se os jogadores simulam pênaltis, fazem gol com a mão, dão pontapé no adversário, por que o sujeito ia dizer para o juiz "olha, não foi gol, não" no caso do não-gol marcado a favor do Atlético-PR contra o Império.

Disse mais: que império é uma coisa assim em baixa, fora de moda. E foi enfático para defender seu ponto de vista, compartilhado pelo Roberto Assaf.Ambos relembraram em detalhes vários casos em que a ética não entrou em campo.

O futebol é uma caixinha de...

terça-feira, fevereiro 22, 2005

E DJALMINHA CONFIRMA O QUE EU DISSE...

Obviamente eu não sou a mãe Dinah, nem tampouco amigo do Djalminha. Portanto, não podia prever o que ele diria hoje, na sua "coletiva" de despedida do futebol.

E o que foi que ele disse? Que o acerto financeiro com o Palmeiras havia sido definido duas semanas atrás, mas que, por não ver no Palmeiras um elenco capaz de ser campeão, à altura do próprio Palmeiras, preferiu não fechar acordo.

Não que eu ache que o Djalminha ainda seja um fora-de-série, como fou há alguns anos. Por isso, sua possível contratação não me arrancava suspiros. O que quero dizer é que sua declaração comprova o que eu disse ontem, sobre o total desinteresse atual dos jogadores pelo clube. Traçando um paralelo, na época da Parmalat os jogadores brigavam para jogar no Palmeiras. Edmundo brigou com o Eurico, em 93, para ir para o Parque. Cafu comprou uma tremenda briga com o SPFC para reforçar o Palmeiras. Antonio Carlos, Cléber, Mancuso e vários outros vieram de fora do Brasil para o Verdão. E hoje, quem se habilita? Resposta: Christian, Marcel, Bruninho, Nem, Marcinho, Warley... Quem pode, cai fora, como fizeram Vagner Love, Edmilson e outros.

Por falar em Vagner Love, o cara vibrou ao ser cogitado pelo Corinthians. Perguntem a ele se ele viria para ganhar o dobro no Palmeiras...

É isso. "Obrigado", Mustafá ! As torcidas rivais agradecem.

Igor

segunda-feira, fevereiro 21, 2005

Acaso ou tendência?

Caríssimos idiotas,
me parece que daqui para a frente, tudo será deferente.

Será exigido que cada clube tenha plena consciência da condição de seu elenco para programar onde poderá chegar naquele ano. Se tecnica, física e financeiramente o clube acreditar que tem condições de ser campeão Brasileiro da Série A ou B, toda a programação física terá de ser feita para o time alcançar o seu auge no final do ano. Digo: o Flamengo, campeão da Taça Guanabara e do Estadual, além de finalista da Copa do Brasil, e o Vasco, campeão da Taça Rio e vice-estadual brigaram para não cair no Brasileiro do ano passado. Não é só ruindade: tem questões físicas e emocionais envolvidas (certo, além de táticas, de comprometimento, de união do "grupo"). Se eles estivessem bem preparados agora, correriam o mesmo risco no final deste ano.

O Magrão disse ontem que o maior erro do Palmeiras foi pensar apenas na Libertadores, pois agora, estão sendo cobrados pelo Paulista. Terá sido mesmo um erro? Talvez. A pressão pelos fracassos no Paulista podem comproter o emocional dos jogadores. Com uma equipe realmente limitada, as chances de vencer um mata-mata aumentam se estiverem bem preparadas fisicamente. O Flamengo chegou à final da Copa do Brasil nos últimos dois anos. Não seria o caso de no início da temporada divulgar que o Paulista seria utilizado apenas para preparar a equipe para a Libertadores? Claro, todos os times querem a Libertadores, mas só um vai ganhar. Evidentemente, como sempre, a maioria dos competidores perde. E ganha quem se prepara melhor de uma série de formas. Tantas variáveis que acabamos acreditando até mesmo em destino ("não era o dia deles...", "podiam ficar chutando até amanhã que a bola não ia entrar...")

O São Paulo e o Santos não chegaram no Paulista do ano passado. O São Paulo, nem nas semifinais. O Paulista e o São Caetano atropelaram no Paulista. A semifinal São Caetano x Santos mostrou o desnível físico entre o elenco dos dois clubes. Os grandes deram tudo na Libertadores e no Brasileiro.

Como o nível do Paulista é baixo, estão se dando bem, mas o que vale é a Libertadores. O São Paulo está bem preparado, além de ter um time muito unido, com um banco de reservas de bom nível. O Santos deu tudo contra o Corinthians e se deu mal nos dois jogos seguintes, Libertadores na altitude e Ituano. E parece ter feito o certo, já que a vitória sobre o Corinthians ter rendido muito em imagem para o clube. Robinho, tabu em cima dos Galáticos...

Os Estaduais são mais atraentes para Americano, Cabofriense, Ituano, Mogi Mirim, Paulista, Santo André, Volta Redonda... O Brasileiro da Série C, que o Americano disputa, começa só em agosto. Em março do ano seguinte, estarão em oito meses de atividade. É o tempo que dura o Brasileiro da Série A, que acaba em novembro neste ano... Então, é natural que o Americano em fevereiro esteja em melhor nível técnico (resumindo assim) que os grandes.

Acho que vivemos o início de uma tendência: clubes pequenos, mas bem estruturados, claro, se dando bem nos Estaduais e até na Copa do Brasil, se continuar a ser disputada apenas no primeiro semestre e os clubes grandes se preparando para realmente disputarem o Brasileiro e, em conseqüência, a Libertadores do ano seguinte.

E os clubes médios definindo onde poderão ter mais sucesso naquele ano, enquanto vão montando equipes melhores, até poderem mudar de patamar: montam time para o Estadual até se fortalecerem a ponto de brigar pelo Brasileiro do ano seguinte.

Enfim, serão obrigadas a se planejar de verdade. E o torcedor e a imprensa terão de aceitar um fato simples: é impossível ganhar tudo todo ano. E será melhor ganhar o Estadual de vez em quando do que não ganhar nada sempre.

Isso porque não basta mais ficar entre os oito no final de novembro. Então, não adianta mais ter dois momentos de pico no ano.

Muito mal comparando, se o Guga se preparar para a "temporada de saibro", que culmina com Roland Garros, terá mais chance de vencer do que quem se prepara para estar no auge na grama de Wimbledon ou para o cimento da Austrália. A não ser que dispute bem um ano e desapareça no ano seguinte ou algo assim.

Um judoca faz sua preparação visando o que tem chance real de ganhar: se tem nível olímpico, se prepara para os Mundiais e os Jogos Olímpicos, que não acontecem no mesmo ano.

A diferença no futebol é que os times são desmontados de ano para o outro, o que anula todo esse raciocínio. Mas aí, ganha quem mantém a equipe ou a base, pelo menos, que foi o que aconteceu com o Santos e o São Paulo.

Gostaria de publicar uma matéria sobre isso...

quarta-feira, fevereiro 16, 2005

14 a 40

Eu estava curioso e fui atrás.

Naquele Santos 0 x 0 Guarani, na Vila Belmiro, o time do Santos fez 14 faltas e o do Guarani fez 40.

14 a 40!

E o Maurício Noriega, comentarista do Sportv disse que o Guarani não usou anti-jogo...

Quando o Leão reclama, caem de pau nele.

Os números são do Datafolha.

Exodus

Jah people, tenho de confessar que da imprensa nacional praticamente só leio a de São Paulo e Rio de Janeiro (e mesmo assim só o Globo).

Me parece que virou moda culpar o êxodo de jogadores pela falta de estrelas no Brasil.

Acho que pode ser considerado engraçado. Peguei o "Guia 2005", da Placar, para tirar uma dúvida.

No Cruzeiro, só dois jogadores dos 24 elencados na revista nasceram em Minas Gerais.
No Internacional, só 8 dos 25 nasceram no Rio Grande do Sul, assim como no Botafogo e no Atlético-MG.
No Bahia também, apesar de só 10 não serem do nordeste.
No Santos, só 9 dos 25 nasceram em São Paulo.

E me surgiu uma daquelas perguntas imbecis: por que a imprensa não critica o abuso de poder econômico dos grandes clubes do Brasil? Por que não criticam o fato de grandes clubes enfraquecerem o futebol de estados menos poderosos?

>:O)

Outros clubes que estão no guia:

Atlético-PR 10 dos 24 nasceram no Paraná
Corinthians 18/24
Flamengo 13/25
Fluminense 11/25
Grêmio 11/23
Palmeiras 16/26
São Caetano 16/24
São Paulo 13/24
Vasco 12/25

segunda-feira, fevereiro 14, 2005

Matonense - De novo

Caros companheiros Idiotas, antes de tudo me desculpem o sumiço.

Vi que perguntaram coisas sobre Matão e só agora vou responder.

Para terem uma idéia do momento, ontem o São Bento foi a Matão jogar pela A-2 e NÃO TEVE JOGO!

Tudo porque novamente não sabiam qual time entrar em campo. O time da empresa que terceirizou o futebol da Matonense, a Futura, não pode jogar porque está proibida pela Justiça "Despotista" (Desportiva). O time do presidente Oberdã Silva não pode jogar porque está proibido pela Justiça Comum, afinal, tem o documento assinado com a Futura...

Tentaram um acordo: os jogadores do presidente atuariam com a comissão técnica da Futura, mas a empresa pediu uma série de documentos com os exames médicos dos jogadores. Como não havia a documentação, disseram que não poderiam usar os jogadores por não poderem se responsabilizar por sua saúde e integridade.

Enfim, o time do São Bento voltou para Sorocaba e ninguém sabe se é caso de WO...

Vai longe isso ainda.

PS. Gabriel, não sei se esse Oberdã é o Oberdã... Mas ainda vai dar o que falar esse caso e vamos descobrir logo. Vocês, cariocas, não têm esse problema aí, né não, mermão?

domingo, fevereiro 13, 2005

Perda de mando de campo

Ah, fiquei com uma dúvida:

devido à pedrada na cabeça do goleiro do Santos, devem interditar a Vila Belmiro, tirar mandos de campo do Corinthians ou deixar isso para lá porque é besteira?

Gostaria de saber a opinião de vocês.

Futebol é legal, né?

Apesar de eu achar totalmente profissional o Santos jogar na Vila Belmiro por ter compromissos com os patrocinadores que pagam as placas do estádio e atrás do gol, não fui ao estádio. No Morumbi eu teria ido.

Mesmo pela TV, achei o jogo Santos 3 x 0 Corinthians bonzinho. Movimentado...

O Timon jogou muito! Os santistas estavam achando que iriam golear, mas só conseguiram fazer 3 a 0, mesmo.

Talvez se tivessem jogado três pedras na cabeça do goleiro, duas na cabeça do Paulo César, duas na cabeça do Léo e tivessem amarrado uma rocha lá da pedreira do Vicente Mateus na perna esquerda do Robinho, talvez, o Corinthians ganhasse o jogo.

Só tenho uma dúvida, agora: o Tevez era o único que havia batido o Santos, por isso o Corinthians o contratou -- ou a MSI o contratou para o Corinthians --, mas e agora? Vão contratar quem?

Sugestões?

PS. Gabriel, nosso guru, com a derrota do Botafogo vocês, cariocas, não terão time grande na final da Taça Guanabara. Se bem que eu acho que o Americano é o grande do Rio, hein.

sexta-feira, fevereiro 11, 2005

SPFC é o campeão

Não pretendo tirar João Gabriel do posto de profeta mór do Idiotas. Mas o São Paulo vai ser campeão do paulista. Vai atropelar Tevez e cia e massacrar o peixinho do burrinho. Será a arrancada do tricolor rumo ao Brasileiro e à Libertadores. Leão se consagrará como técnico e os meninos do morumbi vão inaugurar uma nova fase de vitórias no clube. É claro que a torcida supera a racionalidade dos comentários, mas eu não aguento mais ver meu time morrer na praia. Quando tínhamos uma boa equipe, éramos dirigidos pelo Oswaldo, quando o time era ruim mas estava unida, o Once acaba com a nossa festa. Agora, temos um bom técnico e uma equipe razoável. Espero que isso seja suficiente para salvar o tricolor. Caso contrário, serei obrigado a concordar com a Independente, que entoa: "Teixeira ladrão, São Pauo Campeão!!!".

quarta-feira, fevereiro 02, 2005

Quem quer investir em futebol?

A melhor notícia sobre o momento de "profissionalização" do futebol surgiu em Matão.
No ano passado, o ex-presidente do clube, Nelson Martins, assinou um contrato dando poderes para que uma empresa chamada Futura tereceirizasse o departamento de futebol profissional. Meses depois, com um novo presidente (eleito, imagino), o contrato foi questionado.

O que aconteceu? Domingo passado, apareceram duas equipes da Matonense para enfrentar o Nacional. O empresário Israel de Jesus levou um time, e o presidente da Matonense, Oberdan Francisco da Silva, levou outro.

O início da partida foi retardado em três horas até que a polícia retirasse de campo os jogadores da Futura.

Se o Dualib deixar a presidência do Corinthians...

Não, né? Não... Uhn...

Mas eis que a notícia de hoje é que a Federação Paulista de Futebol (FPF) vai julgar o caso e o empresário pode pegar suspensão de até quatro anos.

O julgamento será na sexta-feira.